"Goodnight, Benjamin"

Hoje, eu pensei em escrever um post de certa forma com um quê de resenha crítica, sobre um personagem que é um paradoxo sem nem mesmo tentar, protagonista de uma fábula sobre o tempo. Um texto mostrando como algo é bom como disseram, ou mesmo tentando convencer quem não viu a coisa através dos meus olhos a enxergar um pouco por eles e ver a mágica que eu vi. Pensei mesmo, até que acabou, e eu vi que não ia conseguir.

Eu ri e eu chorei. Eu me identifiquei com certas situações, me emocionei com outras. Eu fiquei pensando no tempo e nas possibilidades, tanto nas que temos quanto nas que deixamos de aproveitar, e como isso pode mudar tudo. Eu pensei em como pequenos detalhes podem mudar o curso de nossas vidas, sem que saibamos ou possamos perceber. Eu pensei em o que é ficar sozinho e no medo que temos disso. Eu pensei nos meus pais, na minha avó, nos meus amigos - pensei nas pessoas que amo. Eu pensei em como passamos nossas vidas nos desencontrando, mas que ao mesmo tempo tudo acontece na hora certa, mesmo os encontros e, especialmente, os desencontros. Eu pensei em como eu tenho reclamado da vida, quando você tem pessoas que teriam muito mais motivos para fazê-lo, e ainda assim não o fazem. Eu pensei em tristezas e alegrias que eu tive, tenho e talvez vá ter na vida. Eu pensei em sacrifícios por amor que somente os pais conseguem fazer. Eu quis ter a capacidade, como nunca, de conseguir decorar um script inteiro, do começo ao fim, porque vi diálogos muito mais interessantes do que em outros tantos filmes. Eu fiquei maravilhado, me sentindo diferente. E eu me apaixonei por Cate Blanchett, me rendi a Brad Pitt.

Hoje, eu fui ver O Curioso Caso de Benjamin Button.