"It'll be humane. More or less."

Desde que me dou por gente, tenho visto humanos serem ou os coitados caçados e/ou oprimidos por alguma raça alienígena do mal (como em O Predador ou Guerra dos Mundos), em que nós somos os coitados. Ou  por máquinas, como na série de O Exterminador do Futuro, mas somos sempre os coitados, prontos pra comer capim pela raiz até que um Schwazenegger ou um John Connor se mostram mais fodões que os opositores da raça humana e salvam o dia. Ou nem precisa ser fodão. O Will Smith só precisou das orelhas de Dumbo e de saber pilotar uma nave alienígena pra levar o Jeff Goldblum até a nave-mãe dos motherfucking aliens pra que nossa engenhosidade e nosso precioso cérebro humano dessem um jeito em tudo. Pronto, é assim e com um simples vírus de computador que a Terra é salva em Independence Day.

Agora, eu sempre quis ver uma coisa. E se nós estívessemos no papel dos invasores, os caras maus? E se nós tivéssemos mais tecnologia, mais músculos, pra dar um cacete em quem viesse pela frente, aliens ou robôs? Mais ou menos como ver... sei lá, a Sandra Bullock fazendo um papel dramático realmente sério. Complicado, mas tornou-se possível, graças a James Cameron, quem diria. O mesmo que fez Titanic, mas agora voltou a acertar em Avatar - que, por sinal, já passou dos US$ 1 bi em arrecadação. Claro, em grande parte pelo apelo visual do filme, que é de cair o queixo mesmo, especialmente em 3D, porque a história em si pode não ser exatamente uma novidade, mas me deixou ansioso por mais coisas como essa, em que não somos nada coitadinhos. No more Mr. Nice Guy, como diria o Alice Cooper ou o Jackie Chan.

Cruzo os dedos pra ver mais coisas assim, sem que nós sejamos nossas próprias vítimas, e vou ao cinema, de novo, ver Avatar. Em 3D, é claro.